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Muitas das rotinas às quais as mulheres submetem-se “docilmente” todos os anos são desnecessárias. A medicina, e em especial a ginecologia, foi muito hábil em determinar uma série de supostos desvios na saúde das mulheres, que “precisam” ser insistentemente verificados e que, de certa forma, servem para justificar nossa posição na sociedade. Somos mantidas assim, reféns de consultas, exames e medicações, muitas vezes prejudiciais.

É comum que mulheres comecem uma consulta assim:  “estou até envergonhada, faz muito tempo que não consulto uma ginecologista”. “Quanto tempo?” Pergunto eu. “Dois anos”.

Costumo explicar que, para uma mulher que consulte um ginecologista “de convênio” (como dizem as pacientes), com quem a consulta “não dá tempo nem de esquentar a cadeira” (como afirmam), já que “atende em 10 minutos”, com quem elas não conseguem “fazer sequer uma pergunta”, ou mesmo dizer que fazem sexo com outras mulheres, e ainda assim, saem com “amostras grátis” de anticoncepcional e uma “pilha de exames”…pode ser uma sorte ausentar-se por dois anos do ginecologista.

A consulta médica deveria constituir-se em lugar seguro para o diálogo respeitoso, informações, exame físico e quando necessários, exames complementares. Mas a mercantilização da saúde, a confiança irrestrita na tecnologia, a formação médica inadequada, o modelo de saúde com foco em especialistas, e a ideia de que o corpo feminino é cheio de defeitos que precisam ser corrigidos, faz com que a consulta não seja centrada nas mulheres e sim em supostas patologias que precisam a todo custo (caríssimo aliás) ser prevenidas ou remediadas.

Assim, uma menina jovem que acabou de menstruar pela primeira vez, e que por isso ainda tem ciclos irregulares, não sai de uma consulta sem uma pílula “para regular”. Depois, aos 15 ou 16 anos, quando precisar de contracepção, não será mais preciso discutir esse assunto que tanto tempo pode tomar de uma consulta. E então, “sem perceber”, as mulheres estão tomando pílula há 20 anos.

O papanicolau ou preventivo de colo de útero não precisa ser feito todos os anos. Se uma mulher tem dois exames consecutivos negativos, pode coletar o próximo três anos depois, em alguns lugares a recomendação é cinco anos depois. Mais importante é saber que evitar tabagismo e usar camisinha nas relações com homens também são fatores que protegem contra câncer de colo. Infelizmente, são as mulheres mais desfavorecidas socialmente, com dificuldade de acesso ao sistema de saúde que terão câncer de colo. Diretrizes para o rastreamento do câncer de colo de útero (aqui você pode acessar como são as orientações de rastreio e também o que deve ser feito diante de exames alterados)

Mulheres que fazem sexo com mulheres também precisam coletar papanicolau. Mulheres na menopausa que estão com a vagina ressecada, devem primeiro fazer um ciclo de estrogênio tópico para somente depois coletar o papanicolau, pois a coleta com a vagina muito ressecada pode levar a resultados falso-positivos.

A colposcopia, exame em que se observa o colo do útero com uma lente de aumento, para que se possa biopsiar lesões suspeitas, só deveria ser feita caso o resultado do papanicolau viesse alterado. Ela complementa o papanicolau. Solicitar os dois exames juntos é uma prática que pode levar a biópsias de colo dolorosas, preocupação e temor desnecessariamente.

Algumas mulheres acham legal ter a oportunidade de ver o colo do útero na “televisão” da colposcopia. Mas isso é possível com um simples espelho na própria mesa de exames. Que aliás, não precisa ter perneiras. Uma maca larga pode muito facilmente possibilitar que a mulher acomode-se. Outra prática que pode tornar o exame ginecológico menos traumatizante e simbolicamente empoderador é solicitar inserir o espéculo você mesma. Ver o próprio colo, seu aspecto, a rugosidade e secreção vaginal pode ser muito interessante quando o(a) profissional está disposto(a) a orientar o seu olhar para coisas importantes de se observar. Favorece o cuidado de si.

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Oficina Fique Amiga Dela (2013) coordenada por Simone Diniz (Foto Ana Luisa Lacerda)

 

É também cada vez mais comum entre ginecologistas, sem que haja qualquer alteração no exame físico (e segundo muitas mulheres, sem sequer fazê-lo…) a prática de solicitar na consulta de rotina o combo: papanicolau, colposcopia e captura híbrida para HPV. Não recebi uma ou duas pacientes preocupadas porque “tinham HPV”… foram dezenas somente este ano. Traziam papanicolau e colposcopia normais e uma captura híbrida (exame de DNA da secreção vaginal) demonstrando serem portadoras de HPV de baixo risco.

Sim, estima-se que 40 – 50% das mulheres tenham HPV em sua flora. Isso não é um problema. Na maioria das vezes vamos conseguir lidar com a infecção. Mas em situações de estresse, baixa imunológica ou quando a mulher fuma e/ou usa pílula anticoncepcional há maior risco desse HPV causar alterações celulares (vistas só ao microscópio) ou verrugas genitais. A “captura híbrida de HPV” só deveria ser solicitada se surge alguma alteração e/ou a mulher tem comprometimento imunológico (HIV por exemplo) e é por isso importante descobrirmos se o subtipo do vírus é mais grave (aqueles que estão implicados no câncer de colo).

Algumas diretrizes  tem proposto uma co-testagem (papanicolau + teste para HPV) para mulheres entre 30-65 anos que desejam alargar o tempo entre um rastreio e o próximo para 5 anos. Screening for cervical cancer: U.S. Preventive Services Task Force recommendation statement. Mas essa recomendação rapidamente espalhou-se como pólvora e um tanto distorcida: tem sido solicitada para todas as mulheres, todos os anos, e sem que sejam informadas sobre o risco e preocupações de um diagnóstico virtual de ser portadora de um HPV de alto risco (!)…Então ( e esse parágrafo foi adicionado em resposta aos colegas que questionaram a questão da testagem para HPV no texto), por favor, leiam as recomendações na íntegra. Por hora, as diretrizes brasileiras, pactuadas por especialistas da área são as disponibilizadas lá em cima. E testagem para HPV não faz parte do rotina.

Vacinar-se contra HPV também não protege a mulher contra o câncer de colo. Não há nenhum estudo que mostre diminuição de câncer em meninas vacinadas. Há somente uma suposição de que isso aconteça porque lesões intermediárias (NIC II e NICIII) diminuem (pouco) com a vacinação. Além dos mais, deve-se levar em conta os inúmeros casos divulgados de reações adversas à vacina. Questão que, aliás, não tem merecido a devida atenção do governo brasileiro. Asociacion de afectadas por la vacuna de papiloma

Quanto aos exames de imagem, nem o ultrassom transvaginal, nem o ultrassom de mamas devem ser realizados como rotina em pacientes sem queixa ou alteração no exame físico. Ultrassons transvaginais realizados rotineiramente (em mulheres sem queixa e sem massa palpável) não diminuem a mortalidade por câncer de ovário mas aumentam a retirada de ovários sem que haja realmente necessidade (cistos funcionais e tumores benignos são comuns e pode não ser necessário retirá-los). Final evidence review ovarian cancer

O mesmo vale para o ultrassom de mamas. Se não há nódulo palpável, retração ou outras alterações, uma paciente jovem não deveria ser submetida a este exame rotineiramente. Mulheres sem história familiar de câncer de mama só precisariam fazer exame a partir dos 50 anos (com uma mamografia), sendo esse tema ainda bastante controverso.

E os check-ups laboratoriais? Se está corada, hemograma pra quê? Não tem risco cardiovascular (hipertensão, tabagista, história familiar) esqueça seu colesterol (mas lembre que ele estará bom enquanto você se alimentar bem, com pouca proteína animal e praticar atividade física).

É isso. Infelizmente, chegamos no ponto em que vamos ter que dialogar essas questões com nossos médicos. É para que esse exame doutor(a)? Quais riscos ele pode trazer? Quais benefícios?

Médicos passaram a acreditar que pacientes só ficam “satisfeitas” se saem das consultas portando pedidos de exame. É certo também que muitas pacientes passaram a acreditar que muitos desses exames eram necessários e começaram a solicitá-los. Mas duvido que com boa conversa, e recebendo informações e orientações importantes, as mulheres queiram continuar correndo os riscos que correm atualmente com a excessiva medicalização de suas vidas.

Uma dica para quem quer um atendimento mais comprometido com saúde e menos comprometido com o lucro: visite seu centro de saúde. Marque uma consulta com a enfermagem ou médico de família. Você corre menos risco (mas não completamente) de ter exames desnecessários solicitados no sistema público. Aproveite para conhecê-lo com os próprios olhos e não com os olhos da mídia que todos os dias tenta desqualificar o SUS. Ele só vai melhorar se o defendermos.

PS: Esse texto não defende que as mulheres deixem de procurar médicos ou serviços de saúde, mas sim que questionem e passem a demandar uma tomada de decisão conjunta sobre questões que afetam sua saúde.

Halana Faria

Médica Ginecologista e Obstetra

Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde/São Paulo e Florianópolis

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0 resposta a “Rotinas ginecológicas? Mulheres, tomem as rédeas de seus corpos e sua saúde!”

  • Me identifiquei com seu texto. Sinto medo toda vez que vou ao ginecologista. É um saco ter que explicar que faço sexo com mulher. A maioria não entende. Fora que acho alguns exames muito invasivos e desnecessários. Preferiria que todos eles pudessem ser feitos durante a consulta com o médico que eu escolhi, pq já é difícil achar alguém legal, e dias depois vc ter que se abrir, literalmente, para outra pessoa estranhas é constrangedor demais.

    • Sei que é difícil mas é preciso que você diga isso. Faça uma reclamação na ouvidoria do seu plano ou na ouvidoria do SUS. Essa queixa não é nem de longe só sua. Vamos precisar questionar não só condutas mas o jeito de ser atendidas. Um abraço!

  • Eu também eu pegando bronca de GO. Bronca mesmo. Não me lembro de ter ido em uma única consulta sem sair de lá com alguma problema que eu sequer estava tendo sintomas.
    A primeira vez foi quando eu perdi minha virgindade com 18 anos. Nunca havia pisado os meu pés em um consultório. Depois da relação, (Por puuura ignorância minha havia me protegido certinho, só estava com medo), achei que pudesse engravidar. Lá vou eu desesperada ao consultório, paguei na época (2007) 200 dilmas na consulta e saí de lá com uma pirula do dia seguinte. Meu Deus que raiva. Hoje eu olho pra trás e me pergunto: Pq raios eu tomei aquela pirula. Não precisava. Eu havia me protegido. Só precisava de informação e não de remédio.
    A segunda vez, uma bateria de exame, Papanicolau, hemograma, urina, ultrassom. Aff.. Quando eu levei o resultado para médica, ela me disse que estava com infecção de urina. Hã??? Oi?? O exame foi a uma semana atrás e eu não senti nada, nadinha, nem um sintoma atípico. Que nada, tome antibiótico de uma única dose. Resultado: Uma semana depois eu estava no hospital com infecção de urina de fato e com uma receita para antibiótico por 7 dias. Raiva II.
    A terceira, Papanicolau de rotina. Rá: Candidiase. Oi??? Hã??? Mais doutora eu não sinto nada, estou bem, benzona, dá ultima vez que tive candidíase quase ranquei a tcheca fora. Que nada, passa essa pomada por 10 dias. Lavai a tonta da Carla se medicar novamente. Um mês depois estava a Carla rancando a tcheca fora e nenhuma pomada resolveu o problema. Raiva III.

    • Carla, você infelizmente deve ter se consultado com um ginecologista muito ruim, por que ele tratou seus exames e não você. Se quiser, troque de profissional, mas não deixe de ir, por que ainda existem médicos bons no mundo… 🙂

    • Oi Carla. Não se culpe por ter buscado apoio num momento de dúvida. A responsabilidade por uma gravidez seria sua e há uma construção em torno da ideia de que só o contraceptivo oral é seguro. Quanto aos casos, vc tem razão, uma mulher não grávida, sem problemas de saúde e sem sintomas urinários não precisaria tratar um exame de urina alterado (a não ser que na cultura tenha crescido clamidea). Também é normal aparecerem hifas de cândida no papanicolau. Se a mulher não tem sintomas não é necessário tratar! Re-signifique a raiva e procure um profissional no seu centro de saúde em quem possa confiar! Abraço!

    • Minha história foi parecida, fui a ginecológista com 19 anos, após perder minha virgindade, só porque todos diziam que tinha que ir… eu sabia q fiz tudo certo, usava camisinha e me cuidava… mas fui, ao chegar lá levei uma bronca da médica por não contar aos meus pais que n era mais virgem… ela ainda soltou: “vc pensa que é fácil pensar que tem uma moça em casa, mas ter uma mulher?”
      Isso foi em pleno 2010, saí de lá arrasada, só fiz perder meu tempo.
      Fora a novela que passei pra colocar um diu, mil consultas com ginecologistas diferentes, q se recusavam a colocar e todos passavam mil exames, foi mais de 1 ano de tentativas até conseguir.

  • Tentei marcar uma consulta com vocês a fim de pedir reembolso ao meu plano e descobri que eles não reembolsam quando temos um profissional credenciado próximo.
    Fiz consulta com essa profissional e reclamei de alteração na mama, dor por três meses, mas ela disse que deve ser resultado de uma distenção ou algo assim. Infelizmente não posso arcar com o valor a consulta do coletivo, que por sinal não é cara se comparar com outros médicos particulares.
    Vocês têm alguma sugestão? Já fui em vários ginecologistas e o tratamento é sempre esse mesmo descrito no texto. Estou lendo muito sobre procedimentos mais naturais e menos invasivos, mas está muito difícil achar um profissional que siga minhas convicções. Falei para essa médica sobre coletor menstrual e ela riu de mim.

  • Muito esclarecedor! Uma dúvida: tenho Diu hormonal mirena. Nesse caso, quais seriam as recomendações de ultrassom transvaginal, com que frequência? E tenho prótese mamária e histórico de câncer de mama nos dois lados da família. Qual seria a frequência recomendada de ultrassom de mamas? Muito obrigada!

    • Oi Carol, se você não tem sintomas como cólica muito forte ou outros, em princípio não é necessário acompanhar o DIU com exame de imagem. Uma maneira de saber que ele está no mesmo lugar é acompanhar o tamanho do fio saindo do colo. Em geral deixamos ele com uns 3cms.
      Quanto ao acompanhamento de prevenção para cancer de mama, isso vai depender da sua idade, do histórico de mama, e do seu exame físico. Abraço!

    • Oi Val. Há outros fatores de risco além do genético. E também fatores protetores, como discuto em outro post. É legal você conversar com o (a) médica de cuida de você! Mas dependendo da sua idade talvez fosse sim interessante um exame de imagem. Abraço!

  • Tenho 25 anos e fui ao GO no ultimo mês de setembro, depois de 4 anos sem pisar o pé em um consultório, eu não tinha NEM UMA queixa mas fui por quê a minha consciência estava super pesada por ter ficado todo esse tempo sem um “check up” (mesmo tendo consciência que eu não tinha nada de diferente para relatar). Sai de lá com um monte de prescrições de exames. No retorno o médico constatou que e os meus ovários estavam diminuídos mas segundo ele, era um achado normal considerando que uso ACO, mas ao checar a taxa de FSH que segundo ele estava alta para a minha idade ele simplesmente disse aquilo era muito ruim, caso eu tivesse desejo de engravidar, pois significava que eu apresentava baixa reserva ovariana e menopausa precoce (Paralisei nesse momento!!!). Sem mais explicações, sem fazer uma anamnese mais detalhada e sem se importar com a minha reação ao ouvir aquela noticia, ele praticamente fechou o diagnóstico e já foi prescrevendo um outro exame que sozinho custa mais do que eu paguei na consulta e em todos os outros exames juntos. Questionei sobre o tratamento disponível para esse problema ele respondeu que seria “congelar óvulo”, mas como assim doutor? eu não entendi, eu disse, ele respondeu, faça o exame e volte aqui que conversaremos melhor baseado no resultado.
    Em casa, passado o choque, já que desejo muito engravidar no futuro, fiquei cheia de dúvidas e profundamente revoltada com a conduta do médico.
    Buscarei a opinião de outro profissional sobre a minha situação, mas serei muito mas criteriosa ao escolher outro médico. Essa situação que eu relatei me fez refletir e questionar muitas condutas médicas e por isso o me identifiquei com o texto.

  • Eu só não concordo com a questão da captura híbrida. Porque o papa, sozinho, só detecta quando JÁ existe alteração em progresso. A captura híbrida detecta a presença do HPV e o subtipo viral ANTES de qualquer lesão existir. Considerando que 100% dos casos de câncer de colo de útero decorrem do HPV não vejo pq não realizar a captura e reforçar a imunidade se necessário (Imunoglucan). Lembrando que a coleta pode ser feita pela própria mulher.

    • Oi Duda, na verdade a captura híbrida só estaria recomendada em co-testagem. Papa + DNA para HPVs de alto risco e quando se opta pelo screening a cada 5 anos. Não acho que tenhamos evidência sólida para fazer essa recomendação, principalmente quanto ao uso de imunoglukan. Você tem estudos científicos para me encaminhar? Obrigada pelo comentário. Abraço!
      http://www.choosingwisely.org/clinician-lists/american-society-clinical-pathology-low-risk-hpv-testing/
      http://www.cancer.gov/types/cervical/pap-hpv-testing-fact-sheet

      • Duda, você e outros colegas comentaram sobre a importância de teste de HPV. Inclui um parágrafo no texto.
        “Algumas diretrizes tem proposto uma co-testagem (papanicolau + teste para HPV) para mulheres entre 30-65 anos que desejam alargar o tempo entre um rastreio e o próximo para 5 anos. Screening for cervical cancer: U.S. Preventive Services Task Force recommendation statement. Mas essa recomendação rapidamente espalhou-se como pólvora e um tanto distorcida: tem sido solicitada para todas as mulheres, todos os anos, e sem que sejam informadas sobre o risco e preocupações de um diagnóstico virtual de ser portadora de um HPV de alto risco (!)…Então ( e esse parágrafo foi adicionado em resposta aos colegas que questionaram a questão da testagem para HPV no texto), por favor, leiam as recomendações na íntegra. Por hora, as diretrizes brasileiras, pactuadas por especialistas da área são as disponibilizadas lá em cima. E testagem para HPV não faz parte do rotina.

    • Ninguém precisa “confessar” ao médico (a) nada sobre sua vida privada. Mas é uma queixa comum de mulheres que role uma heteronormatividade nas recomendações e questionamentos…por isso o texto fala de situações reais em que a falta de comunicação é tamanha que mulheres gays saem de consulta com amostra de contraceptivo oral…acho muito legal quando mulheres sentem abertura para poderem conversar sobre sua sexualidade se isso é interessante para elas…

  • Muito legal e esclarecedor.

    Pergunta: qual a recomendação sobre o papanicolau em mulheres virgens? Não é necessário?

    Aproveitar pra falar sobre o meu caso: tenho 24 anos e amenorréia desde sempre, demoro meses pra menstruar e tal. Os exames dão normais mas é meio óbvio que a taxa de testosterona é alta demais pro meu corpo. Problema é que os únicos remédios q os gos me passam tem lactose e eu tenho intolerância, passo muito mal e acabo desistindo. Será q esse tipo de remédio n tem pra manipular? Ou será q eu vou ter q ir pro especialista em hormônios?

    • Mulheres virgens não tem que coletar papanicolau Eli. O Câncer de colo tem a ver com HPV que é transmitido em relações sexuais. Sobre seu caso especificamente é legal conversar com um médico de família na UBS próxima da sua casa.

  • Não sou tão mina assim …kkk… para estar neste grupo. Na verdade sou mãe de uma mina que me indicou e gosto muito do grupo. Gostei deste post e estou numa situação bem complicada, de início de menopausa, e vejo minha ginecologista tentando me medicar para os inúmeros e reais problemas decorrentes desta fase e fico na dúvida se devo realmente usar. O fato é que é insuportável sentir: insonia, calores noturnos, batimentos cardíacos acelerados , formigamentos…. Mas o medicamento acaba acarretando outros problemas (inchaço, aumento de peso, dores nas mamas, sangramentos) Não sei o que fazer…

  • Muito legal, mas mesmo assim estou meio asustada depois que duas amigas jovens (33 e 35 anos) que nao fuma e tem uma alimentaçao regular descobriram cancer nmivel II y III. Sei inclusive que uma o resultado do HPV deu negativo!!! eu vou a gineco a cada dois anos masomenos e a minha e das que conversam em uma consulta ate deixei ela com vontade de ter o filho n.3 depois d eocntar do meu parto em casa rsss mas entao to meio cricri con o tema do cancer…

  • Analiso meu corpo diariamente, me olho no espelho, me toco, me observo, quase não vou ao médico e não tenho medo de afirmar isso. Reconheço a importância da medicina, mas antes de recorrer a ela confio em mim, confio nas terapias naturais, na minha conexão com meu corpo e se detecto algo errado, antes de tudo observo e, posteriormente, decido o que é melhor fazer, quase sempre a terapia natural seguida de um bom descanso elimina qualquer problema. Reconheço que não devemos ser irresponsáveis com nossa saúde, mas é fato de que ela não está nas mãos dos médico e sim nas nossas mãos.

  • Achei um desserviço esse post. Exames sim são importantes. Eu sempre visitei um ginecologista “de convênio” médico da minha mãe, fazia ultrasom e tudo mais. Fiquei um tempo sem convênio, e comecei a tratar com “médico da família” – que na verdade é uma enfeemeira. Comecei a perceber alterações no meu ciclo, queixei, pedi opinião de um médico… “É normal, não se preocupe” … Fui levando, comecei ter sangramentos fortes “faz parte, é a idade” tava chegando aos 30. Cansada fui num laboratório e paguei um trans por conta própria. Miomas, adenomiose por todo o utero e endometriose , tudo bem avançado já… Meu útero 3x o tamanho normal… E para o “médico da família, tava tudo OK.” médicos não tem visão de raio x. Exames são importantes. Detalhe: sempre fui saudável.

    • Ana, o texto trata de exames “de rotina”, screenings, check-ups…exames feitos quando a mulher não tem queixas ou sintomas. Vou tentar deixar isso ainda mais claro… Não era o seu caso e se o acompanhamento adequado não foi realizado foi porque a equipe que te atendeu talvez não estivesse preparada. A atenção primária ou os postos de saúde funcionam com atendimento compartilhado com enfermeira(o) e médica(o) de família que podem te encaminhar para um(a) ginecologista quando necessário. Não dá pra jogar a criança fora com a água do balde como se diz…existem muitas equipes muito competentes país afora. Abraço e obrigada pelo comentário!

      • E o que dizer das idas ao PS quando se tem endometriose, vc chega morrendo de dor e sai desmaiada, pq eles fazem exame de toque e as dores dobram. É uma tortura, e digo que não quero ser examinada e só quero um remédio para aliviar a dor é eles dizem ‘ é procedimento senhora

    • É uma opção também Auler. Vejam que até a saúde suplementar está apostando no modelo de organização do SUS. Mas eu ainda acredito que podemos e devemos usar o SUS para melhorá-lo e garantir saúde para tod@s como um projeto de sociedade! Obrigada pelo comentário. Abraço!

  • Não vou ao GO há mais de 5/anos na verdade não me sinto a vontade em nenhum, não consigo conversar sejam homens ou mulheres tenho 36 anos e sou mãe, qual tempo posso ficar sem fazer os exames, sendo que não tenho queixas? Obrigada.

    • Cristina, como explico na matéria, pelo menos o papanicolau seria interessante a cada 3 anos depois de 2 exames negativos. Não defendo que as mulheres fujam dos médicos mas sim que possamos dialogar sobre condutas realizadas sobre nosso corpo. O papanicolau pode ser coletado pela própria enfermeira no centro de saúde. Abraço.

  • oi pessoal,

    tenho hpv. fiz o exame de captura hibrida e apareceram 03 tipos, 02 de alto risco. Fiz um tratamento de tres meses, com acido e curetagem. Infelizmente, fiz a captura hibrida novamente e tenho um novo tipo de hpv de alto risco. (meu namorado estava com 06, acredito que fomos nos repassando o virus nesse periodo, apesar do uso de camisinha). gostaria de saber o que devo fazer, ja que nao gostaria de fazer esse tratamento de novo, por ser muito agressivo. O papanicolau e a colposcopia deram normais dessa segunda vez ( da primeira, antes do tratamento, estavam alterados). Moro em Brasilia.Obrigada! Adorei o texto!

    • Oi Samantha. É dificil dizer sem ver teus exames anteriores. Mas o que você descreve mostra bem o problema da captura híbrida. Sugiro que você procure novamente o profissional que te atendeu e converse com ele sobre as possibilidades. Procure algumas informações sobre o barbatimão (uma planta medicinal da flora brasileira), aqui no blog tem um post. Que bom que o papanicolau e a colposcopia estão normais. Abraço!

  • Olá, boa tarde…. Achei seu texto muito interessante, válido pra refletir sobre algumas questões de hoje…. No entanto, fico me perguntando 1- quanto aos “check-up”, eu acho essa pratica, uma pratica válida; tendo em vista que muitas mulheres não vão ao clínico geral de rotina…. Algumas vezes o ginecologista e o “médico de família” de muitas mulheres, certo ou errado, e o que vemos algumas vezes, e não pedir esses exames, na minha opinião e deixar passar uma oportunidade de diagnosticar um hipo/hiper tireoidismo, por exemplo…..
    Quanto à rotina de papanicolau e colpo, a rotina citada e a do
    Ministério da saúde brasileiro, vale lembrar que existe também outras diretrizes….
    Só gostaria de pontuar isso, mas de resto, muito legal seu texto, parabéns!

    • Oi Carol, sim existem outras diretrizes e a testagem para HPV ainda não foi adotada no Brasil.
      Seu comentário e de outras mulheres fez com que eu introduzisse um parágrafo no texto. Se você for colega médica, por favor, leia com atenção as recomendações da co-testagem. Não é o que laboratórios farmacêuticos divulgam em crongressos…Obrigada pelo comentário.

      “Algumas diretrizes tem proposto uma co-testagem (papanicolau + teste para HPV) para mulheres entre 30-65 anos que desejam alargar o tempo entre um rastreio e o próximo para 5 anos. Screening for cervical cancer: U.S. Preventive Services Task Force recommendation statement. Mas essa recomendação rapidamente espalhou-se como pólvora e um tanto distorcida: tem sido solicitada para todas as mulheres, todos os anos, e sem que sejam informadas sobre o risco e preocupações de um diagnóstico virtual de ser portadora de um HPV de alto risco (!)…Então ( e esse parágrafo foi adicionado em resposta aos colegas que questionaram a questão da testagem para HPV no texto), por favor, leiam as recomendações na íntegra. Por hora, as diretrizes brasileiras, pactuadas por especialistas da área são as disponibilizadas lá em cima. E testagem para HPV não faz parte do rotina.”

  • Obrigada pelo texto! Sempre achei um exagero de exames quando eu morava em uma capital. Agora no interior, minha GO de convênio só pede o preventivo uma vez por ano mesmo, os demais exames apenas se eu apresentar sintoma ou queixa. Ela me acompanhou na gravidez e eu gostei muito, mas agora depois de nascer a bebê ela quer que eu coloque DIU…eu disse que não queria o Mirena pq parei com hormônios há 5 anos, mas ela insiste em um outro moderninho sem hormônio. Deixei claro que uso camisinha sem a menor chance de esquecer, pelo menos até meu marido fazer a vasectomia e ela disse que camisinha não é seguro (!!!). Fiquei com a sensação de ser algo pra ela ganhar, sabe? E agora? Confio na camisinha ou na médica?

  • Parabéns pelo texto. Sou médico de família e dificilmente vejo tamanho cuidado e preocupação com os danos que podem surgir das intervenções médicas.

  • Ganhei minha filha há 5 meses, estou amamentando exclusivamente e usando pílula própria para quem amamenta, minha GO solicitou que eu retornasse ao consultório para realizar o preventivo quando tivesse passado três meses do meu parto normal, mas estou com receio, principalmente pelo desconforto do exame, o último que fiz foi no início da gestação, será que há mesmo necessidade de fazer esse exame já que os anteriores não tiveram nenhuma alteração?

  • Concordo plenamente com a matéria. Ouvir esses mesmo comentários há 10 anos pela ginecologista escritora do livro Sorria Você está na Menopausa. A mesma esclareceu sobre os exames ginecológicos desnecessário em alguns casos. Lamento que nem todas as mulheres tem acesso a essas informações e quando as tem, não mostram interesse em conhecer. Obrigada por mais essas informações sobre outros exames.Deijanete.

  • Meninas concordo com você. Eu já fui em muitos ginecologistas e foram situações chatas. Felizmente encontrei uma ginecologista muito humanizada. Agora iniciei o tratamento com anticoncepcional depois de mais de dez anos resistindo a pílula. Mas agora reconheço que é necessário, pois a minha menstruação é muito intensa e me deixa muito fraca todo mês.

  • Olá, li seu texto num momento providencial da minha vida.
    Parei de tomar a pílula por inúmeros motivos, mas o mais forte foi porque tive um quadro de hipertensão e estou investigando uma possível insuficiência renal, por recomendação do nefro, tenho evitado qualquer tipo de remédio. Fui ao retorno com o ginecologista dois depois de ler seu texto e adivinha? Levei meu ultrassom, tenho um cisto em cada ovário e ele me disse que eu TENHO que tomar pílula novamente se não quiser PERDER meu ovário. Falei sobre a questão da hipertensão e do problema renal, ele me disse que passaria uma pílula de baixa dosagem e com diurético (Iumi), por fim, perguntei sobre os exames preventivos para ver se há o fator genético da trombofilia e ele disse que não concordava, que é impossível saber se uma pessoa pode ter trombose ou não, que em anos isso nunca lhe aconteceu e que ele tinha me explicado os riscos caberia a mim decidir se quero ou não perder meu ovário (nesse tom de grosseria). Enfim, foi a última vez que pisei nesse consultório, mas é muito difícil encontrar um ginecologista que pense diferente. Queria saber duas coisas:
    1 – Vc conhece alguma profissional de Campinas que pense como você para que eu possa procurá-la?
    2 – A pílula é mesmo o único tratamento para o cisto no ovário? Existem outras opções? De preferência, que não envolvam alopatia?
    Obrigada e continue escrevendo, seu blog é ótimo!

    • Suellen é dificil dizer sem te conhecer e ver seus exames. Mas parece-me que você vai precisar discutir essa questão com ambos os médicos, nefro e gineco. Tente colocá-los em contato para que possam discutir seu caso e ver quais dos problemas merecem maior cuidado. Parece-me prudente evitar o anticoncepcional. Abraço!

  • Ola,
    como representante da area medica, concordo com algumas queixas que voce expos. Pedir uma colposcopia sem ter um NIC 1 persistente por mais de 6 meses, um NIC 2 ou 3 sao mas condutas.
    Captura hibrida para o HPV realmente nao mostra nenhuma evidencia que seja benefico, ate porque a aioria esmagadora da populacao vai ter contato com o virus em algum momento de sua vida. Um ultrassom de mamas sem um BIRADS 0, nodulo ou outra evidencia de anormalidade nao deve ser tomado como rotina. USG transvaginal de rotina… nem pensar.
    Ate ai eu concordo, porem acredito que medicos que tomem essa postura sao uma excecao, nao a regra. Quano a periodicidade do papa nicolau, eu particularmente acho muito discutivel. Se voce tem a paciente na mao, sabe de sua aderencia e preocupacao com a saude nao ha problemas de indicar apos 2-3 anos com resultados que justifiquem isso. O problema e quando tu vai atender uma populacao carente, luta por um exame anual entre aquelas mulheres para que somente uns 15% facam uma coleta em 3-5 anos. Quando nao mais!!! Isso e questao de saude publica, nao de empoderamento da posicao submissa da mulher em relacao a sociedade. As perneiras tem sua funcao de auxiliar o exame, voce e gineco e deveria saber disso muito bem. Como tu quer uma maca ampla quando muitas vezes nao temos nem aventais limpos para todas as pacientes e e necessario repetir o uso?
    Com todo o respeito, existe um limite entre a questao de preocupacao com a saude de uma populacao e esse tao popular feminismo que insiste em colocar um homem vilao, opressor, que tem como justificativa de suas acoes somente se sobressair como sexo dominante. De novo, isso, principalmente entre os medicos, nao e a regra, e a excecao. Assim como “rotinas” que nao deveriam ser feitas nao sao rotinas
    Para finalizar, eu quero acreditar em uma medicina como a que eu pratico, onde o paciente vem em primeiro lugar. Acho que a nossa profissao tem sido cada vez mais desvalorizada e fico frustrado de todo o dia tentar fazer o meu melhor para no final do dia ouvir no jornal que medicos cubanos sao melhores porque conversam com o paciente e o olham no rosto. Acredito que a empatia com o paciente e um dos pilares na relacao medico-paciente,porem mesmo que em muitos faltem esse atributo… quando a situacao apertar nao vai ser a enfermagem ou um tecnico de medicina que vai salvar aquele paciente. Vai ser um medico.

    • Oi Eduardo. Leia os comentários e converse com as mulheres a sua volta para ver se o que relato como prática é mesmo uma exceção ou a regra… Sim o texto é escrito para as mulheres usuárias do setor suplementar principalmente, porque são as maiores vítimas da medicalização. A prática no setor público tende a ser menos iatrogênica (ao menos no que se refere à pedidos de exames desnecessariamente).
      A periodicidade para coleta de papanicolau recomendada baseia-se em estudos populacionais e não em achismo. Enquanto continuarmos, no setor público, recomendando CO a cada ano para cumprirmos uma meta de coleta, as mulheres que precisam e que não chegam ao serviço vão continuar sem chegar. Por que será que uma mulher trabalhadora do sexo, usuária de drogas não chega ao serviço aliás? Como é nossa política de acesso? Como essas pessoas são tratadas quando chegam aos nossos serviços? Essas são questões importantes.
      Sobre a disponibilidade de maca larga, deveria ser uma questão de inclusão dada a obesidade na população. Fazer exame com perneiras tornou-se uma prática para conveniência médica. Te garanto que é possível fazer um exame adequado sem utilizá-las. Para oferecer o melhor, muitas vezes é preciso menos…é preciso colocar-se no lugar do outro(a). É preciso dialogar. Pernas elevadas em perneiras não fazem o menor sentido!
      Feminismo não tem a ver com ser contra homens Eduardo, tem a ver com demandar igualdade de direitos entre homens e mulheres. E com relação às suas saúdes, supostos “problemas” das mulheres tem sido utilizados para que se lucre sobre nossos corpos. É disso que estou falando no texto. Se você ler os comentários, vai ver como as mulheres se identificaram com ele aliás…
      Que bom que você pratica uma medicina que considera a comunicação e relação com paciente um pilar! Continue assim! Esse texto não é anti-medicina ou anti-médicos. Ele denuncia uma situação que vivo no meu cotidiano e que precisa parar. Nossa categoria tem um papel fundamental, mas vai precisar correr atrás do prejuízo para dar conta dessa crise de confiança instaurada.
      Obrigada pelo comentário! Abraço.

      • Parabéns pelo comentário, concordo plenamente que a saúde virou puro comercio, é uma vergonha, as pessoas não sabem se colocar no lugar dos outros , salientando que os médicos fazem juramento , este que há muito se perdeu neste comércio de médicos e remédios …. Ah mto não confio em médicos e tenho todos os motivos para isso… É rarissimo encontrar um médico humano ou que aja como tal. É uma lástima!!!

  • Oi, estou em São Paulo a quase dois anos e não encontro um ginecologista que aceite o plano da caixa e faça os exames, não quero ter que ir num laboratório fazer o papa Nicolau 🙁
    Vocês tem alguma indicação?
    Grata

  • Gostei imensamente das informaçoes. Conheço um medico q acha q os medicamentos nao deveriam ter bula para o paciente nao ficar questionando desnecessariamente….logo mudei de medico.

  • Muito bom e esclarecedor ler isto. Intuitivamente, ( e minha mãe vive dizendo o mesmo) acho um absurdo o pedido de US e colpo sempre que nos consultamos com uma nova médica, ou médico que pede isso todo ano… Acabo mudando de profissional por essa e outras razões, como por ex, uma que , qdo tive alergia com o uso do medicamento prescrito, não pode me atender por agenda lotada( imagina!!!) e depois , eu ligando,enviou nova prescrição pela secretária… A última, apesar de apresentar os 3 exames (mais US de mama) impecáveis, como ela mesmo disse, mencionou que “ano q vem faz tudo de novo”… fora que ela não colheu material na consulta, deixando tudo para fazer no laboratório. Não tem como não se perguntar, então para que essa consulta??? Agora estou procurando uma profissional com uma visão mais humanista… E olhe, quando eu usava o postinho do SUS, em são Paulo há alguns anos, apesar do mal humor e do tempo de espera, a médica era fera, sempre tive minhas dúvidas esclarecidas… Costumo dizer, pq já usei muito o SUS e agora tenho convênio, q a diferença às vezes é só chazinho na fila de espera ( pq até isso, espera, o consultório do médico de convênio tem). Quando vamos ao ginecologista mexemos com o que temos de mais frágil, mais profundo em nosso corpo-mente, com tantas coisas envolvidas, é de se esperar um respeito e acolhimento amoroso no atendimento… E salve para os banhos de assento, caldo de galinha e outros remédios de nossas avós…

  • Achei muito interessante a proposta de oferecer que a mulher mesma introduza o espéculo para o exames ginecologico especular.. Vou propor isso a minhas pacientes. Obrigada pela sugestão.

    • Oi Jane! Facilita muito ter um espelho para ajudar. No coletivo colocamos um espelho grande na frente da maca. Uso algumas almofadas para que elas apoiem as costas. É tão simples, mas simbolicamente faz toda a diferença! Abraço!

  • Fui esculachada por uma médica que nem sequer me examinou quando disse que não me dava bem com anticoncepcionais orais, ela disse que eu tomava errado, fiz o teste com o indicado por ela e, pra variar, passei muito mal e tive alergia, no retorno, ela disse que era impossível, deu outro via oral mas nem testei, voltei para minha velha conhecida mesmo pagando particular. Vendo os relatos deste artigo, me sinto privilegiada por ter uma boa médica em quem confio e me ouve, as orientações dela coincidem com especialistas de outras áreas, como meu clínico geral e minha dermato.

  • Olá, eu tenho 17 anos e tenho HPV. Quando fui diagnosticada eu tinha uma verruga externa e uma lesão interna. A médica tirou a verruga e fez cauterização na lesão interna. Pouco tempo depois disso a lesão interna voltou de novo. Recentemente fiz um preventivo e estou esperando o resultado pra que a médica diga o que vamos fazer sobre essa lesão interna. Mas eu realmente não queria fazer outra cauterização. É possível eu tratar o HPV de uma forma menos evasiva? Ah, a minha ginecologista falou que eu só posso tomar anticoncepcional sem pausa ou a vacina de anticoncepcional, porque os que tem pausa tem estrógeno, e segundo ela o estrógeno aumenta as lesões do HPV. Isso é verdade? Como o meu namorado pode saber se ele tbm tem HPV? É ruim para mim eu e ele fazermos sexo sem camisinha? Isso pode aumentar o meu HPV?
    Obrigada desde já.

  • Apesar de concordar com muitos trechos do texto, achei leviano afirmar que uma mulher com 2 testes de hpv negativos pode ficar mais tempo sem fazer o proximo. Se eu tivesse seguido esse conselho ridiculo, estaria hoje fazendo quimioterapia ou morta, sei lá. Fiquei 8 meses sem fazer o exame, sendo q todos os meus anteriores deram negativo, e quando fiz deu cancer em estagio inicial, e isso usando camisinha. E então doutora, como vc explica isso?

    • Oi Raissa o que vc chama de câncer em estágio inicial? Qual tipo de câncer? Adenocarcinoma ou escamoso? Qual foi o yratamento que vc precisou fazer?
      Onde vc coletava seu papanicolau? NOs laudos anteriores constava amostra endocervical? Há muitas coisas para avaliar no seu caso. E a recomendação que vc chama de ridícula é a que nosso país segue. Releia o texto. Papanicolau e teste para HPV são coisas diferentes…vc tinha 2 exzmes de papanicolau ou exames para identificação de HPV negativos? Essa página serve ao diálogo e estou aberta para discutir e onclusive aprender. Não é porque vc pode esconder-se atrás do computador que pode agredir! Obrigada pelo comentário! Abraço!

      • Tive lesao nic nivel 3, que de acordo com a minha medica é uma espécie de câncer em estágio inicial causada pelo hpv. SlFoi isso que eu entendi, se estiver errado, pode me corrigir. Todos os meus exames anteriores deram negativo para hpv, exames os quais eu fiz pelo metodo convencional de prevenção. Até onde eu sei, a pessoa pode, mesmo usando camisinha, estar vulneravel ao hpv, correto? A autora poderia ter sido mais detalhista nesse sentido. Fiz outros exames que confirmaram a lesao e fui submetida a uma pequena intervenção cirúrgica e hoje me encontro em fase de monitoramento. A lesao evoluiu em poucos meses, lesao que eu descobri pelo papanicolau. No artigo fala que a mulher n precisa fazer o papa todo ano, eu nao fumo e uso camisinha, exames anteriores negativos, tudo teoricamente ok mas como eu estaria hoje se estivesse esperado mais? Fui agressiva pq foi um processo muito tenso e estressante pra mim que poderia ter sido evitado se eu tivesse feito o exame antes. Ah nao ser que eu tenha interpretado o artigo de forma equivocada, então, por favor, peço que me expliquem.

  • Estou com uma candidiase persistente ( mais de 3 anos!). Minha ginecologista nunca sai do combo: pomada e comprimidos. Por conta própria pedi exames diversos de alergia, de sangue, glicose, parei anticoncepcional por 3 meses, troquei as roupas íntimas por aquelas de algodão, tentei homeopatia, banhos de assento, fitoterapia e NADA! Não sinto firmeza na GO para me compreender, tudo ela diz é que é por conta da minha ansiedade. Fui diagnosticada com ovarios policisticos aos 12 por outra médica, essa atual disse que não tenho nada, mas se fico sem anticoncepcional meu cabelo cai e saem muitas espinhas ( grau 2 e 3). S em contar as crises de enxaqueca fortes ( tenho quase certeza que sao devido ao anti) Socorro! Não sei ser mulher, não entendo meu corpo, pequei medo de ter relações sexuais, estou muito confusa. Alguém pode me orientar o que devo fazer? Ou onde buscar ajuda?

  • Doutora, queria tirar uma dúvida. Há três meses apresentei lesão externa por hpv, fiz o tratamento na própria consulta com ácido. O resultado do exame do papanicolau não apresentou alterações com relação a parte interna. Minha médica recomendou fazer preventivo de 3 em 3 meses neste primeiro ano, depois de 6 em 6 e no terceiro ano fazer o anual. É essa a recomendação? Ja fiz o segundo preventivo, seguindo a recomendação dos 3 em 3 meses, e novamente o resultado foi sem alterações. Devo fazer outro preventivo daqui a 3 meses? Obrigada.

    • Flávia o proprio texto traz as diretrizes do Ministério da Saúde. Ter condilomas (verrugas genitais) em geral não deveria implicar na diminuição de tempo para nova coleta se seu papanicolau estava normal. Sugiro que discutas com tua médica para que ela possa te explicar qual a preocupação que a fez fazer tal recomendação. Abraço!

  • Adorei esse texto, parabéns, doutora. Da última vez que fui à gineco, ela me deu quase 40 exames pra fazer. Tenho 40 anos, devia ter uns 37 na época. Eu perguntei à ela sinceramente se havia tanta necessidade desses exames, e ela me disse que não, que eu não tinha nada, nenhum sintoma, que meu exame físico estava ok, etc, mas que era rotina do hospital por causa da minha idade. Eu falei que não faria nenhum, só aquele a que me propus, o papanicolau. Ela caiu na risada, mas aprovou. Até hoje estou super bem. Obrigada pelo texto!

  • Concordo com muitos dos pontos descritos no teu texto porém creio que pode ser interpretado como um desestimulo ao cuidado com a saude da mulher! Sabemos que em termos de saude publica deve-se sim recomendar o preventivo anualmente e, ja que muitas mulheres ficam alguns anos sem consultar, acho que a ginecologista aproveitar o momento para uma avaliação mais completa é muito bom! Conheço casos de cancer de colo que a pessoa morreu da doença pois estava nos três anos recomendados depois de dois exames negativos…. e dai?? Prefiro ir anualmente do que ser surpreendida por doenças que sabemos ter impacto brutal na vida reprodutiva, na saude fisica e mental das mulheres. Também sou medica, atendo sus e particular e dispendo o mesmo tempo e dedicação para todos pacientes. Um abraço colega! Somos formadores de opinião… pensa nisso.

    • Larissa, a recomendação pactuada por especialistas na área é a que eu descrevi. Não se faz medicina somente com base na experiência pessoal, infelizmente…E se escrevo esse texto é porque tenho observado rotinas que causam dano psicológico e físico mais do que benefícios. O texto não é um convite para que as mulheres deixem de procurar serviços de saúde, mas sim um convite a reflexão sobre os excessos a que são atualmente submetidas. Aliás há toda uma linha de pesquisa e atuação que chama-se Prevenção Quaternária, você já ouviu falar sobre isso? Desculpe colega, médicos tem utilizado de seu papel de formadores de opinião por tempo demais para impedir que as pessoas tomem decisões em conjunto com eles. Está na hora disso mudar. E vai ser preciso adequar-se a essa nova realidade. Abraço e obrigada pelo comentário. De qualquer forma, adicionei um último parágrafo ao texto para contemplar seu alerta.

  • Definitivamente, não é de interesse dos grandes laboratórios um esclarecimento desses ao público. Parabenizo vocês e compartilho e compartilharei todas as suas boas informações no meu face, pois a saúde pública está doente, mas o excesso da medicalização está adoecendo mais as pessoas do que a própria natureza humana. É uma crueldade, um fascismo disfarçado nesse mundo capitalismo. O que é mesmo terrorismo????

  • =) ler isso salvou minha madrugada. adorei a recomendação para o sus no final. e adorei tbem a atenção dada as meninas que escrevem aqui. tenho duas colocações: uma é que conheço muitas meninas que nao gostam de ir a ubs proxima a casa delas porque acabam se expondo para pessoas conhecidas. infelizmente existe uma falta de etica entre profissionais que precisa ser combatida. é preciso muito cuidado com a exposicao do paciente, sera que todos da equipe precisa ter acesso ao prontuario? até a moça da recepçao que é vizinha da paciente, será que ela precisa ter acesso ao prontuario. nao sei se to conseguindo ser clara no que to falando. mas é que, se vc trabalha no sus, e espero que sim, quero alerta la desse problema para que vc possa, dentro das suas possibilidades, combater isso na ubs onde trabalha. nao sei, de repente falando com a gerente. pq é um problema que pode estar perto de ti e vc nao saber. e a segunda colocação é que vc diz de discutir com o medico sobre o nosso tratamento, mas ha medicos que nao estao dispostos a isso. ha medicos que agem como se fosse autoridade, eles nao recomendam e explicam sobre um tratamento, eles dizem vc tem que fazer. tenho pegado uns medicos mais jovens bastante dispostos a ouvir, bastante eticos, cordiais, mas de vez em qdo vem algum que parece que nao sabe dos direitos que seus pacientes tem. ficou grande meu comentario. fiquei muito feliz de ter lido vc e de saber que tem uma medica dedicada assim no nosso sus! nao desista dele, lutemos para que o sus fique a cada dia melhor!

  • Há uns 4 anos atrás tinha diversos parceiros sexuais e não ligava muito pra camisinha. Um dia, comecei a notar uma verruguinha um pouco acima dos lábios vaginais, que as vezes, mudava de tamanho. Durante minha gravidez, percebi que apareceram mais verruguinhas, mto pequenas próximas ao anus. E apareceram no meu marido também. Fiquei tão envergonhada de dizer ao obstetra que acompanhava minha gravidez que procurei o SUS. Aqui em minha cidade há tipo uma clinica só para tratar de doenças venéreas. Foi a pior coisa que fiz. Estava grávida de 5 meses, o médico q me atendeu não me explicou nada, mandou eu deitar na maca e, enquanto conversava com a enfermeira sobre a viagem de férias da sua filha para a Europa começou a queimar as verrugas. Foi terrível. Ficaram cicatrizes grandes, em relação ao tamanho das verrugas. Depois contei ao meu obstetra e ele perguntou se for feita biópsia das verrugas. Dei aquele riso amerelo. Enfim, hoje já não tenho mais verrugas, mas aparecem as vezes no meu marido, e ele insiste em não procurar um médico. Tenho muito medo de ter cancer de colo de útero, por isso faço exames a cada 6 meses e é um saco.

    • Olá,boa noite!, considerei esse texto como um ícone esclarecedor, todas as mulheres precisam de um atendimento com profissional de qualidade e coerência inteligente.
      Será muito útil essa informação para mim,com certeza já ouviram falar na especialista chamada imobilização,de acordo com o que pouco entendi na leitura sobre esse procedimento,é uma ação ginecológica que faz com que o mioma fica privado de receber estímulos hormonais, assim inibindo o seu crescimento em fim perde forças e morre.
      Meu preocupação é: um mioma de 1,5 centímetro de diâmetro,não posuo plano de saúde e gostaria de saber se há uma forma de realizar esse procedimento,preciso de uma consulta social no coletivo, gostaria de saber mais informações sobre essa possibilidade.
      Mais uma vez me sentir muito a vontade com esse texto realístico e sensato com alma feminina.
      Obrigada pela atenção, des de já.

      • Edilma, um mioma de 1,5cm de diametro que não esteja causando sintomas, como menstruação volumosa pode ser observado. O ideal seria procurar um atendimento em UBS próxima a sua casa para orientações. Abraço.

  • muito bom!
    felizmente mudei de gineco recentemente.
    me senti totalmente acolhida. segura. confiante.
    estava péssima por conta do NUVARING e hoje simplesmente observo meu corpo e a janela fértil. cade vez mais atenta aos sinais do meu corpo. senti falta no texto de aprofundamento sobre mamas. tenho um nódulo há anos acompanhado pela anterior gineco (que é bem descrita aqui-os 10 minutinhos!).
    excelente o nível de conteúdo deste blog!

    parabéns!!!!!

  • Dra.,
    Acho bacana vc abrir o espaço aqui para incentivar que as pacientes questionem a pertinência de exames, até pq devemos ser “donas” do nosso corpo e não um sistema que a classe media entra de hipermedicamentalização.
    Contudo, existem algumas coisas questionáveis no que a sra. defende:
    1-Como defender essa coisa de que as mulheres não deveriam se culpar de demorar a voltar ao gineco e o ideal são 2 anos? Acho complicado generalizar isso, pq existem várias mulheres que necessitam tratamento atento contínuo como nos casos de endometriose ou ovário policístico…
    2- A defesa de um médico que não empurre um anticoncepcional é complexa…quantas mulheres mentem q usam camisinhas e, no geral, não usam.?Ė questão de saúde pública principalmente no que tangem as adolescentes! Eles tem q falar sobre isso preservativos e evitar a gravidez precoce!
    Esses comentários me deixam preocupada…

    • Tive HPV lesões em região genital. Fiz colposcopia na época que estava com HPV e não deu alterações significativa, apenas uma mancha no colo do útero que eu já tinha há três anos atrás e que por sinal neste exame, ela diminuiu. Há três anos fiz biópsia e deu negativo. O exame de prevenção apenas acusou alterações celulares benignas-inflamação. Discuti com minha médica, pois a mesma passou biópsia e eu não quero me submeter a este exame, pois o papanicolau não apresentou alterações que fossem significativas de câncer. Me passou também o de captura híbrida. Gostaria de saber se eu posso fazer apenas este exame de captura híbrida, ou se apenas faço um exame ginecológico a busca de lesões, pois acredito que já me curei do HPV. Detesto excessos diagnósticos.

      • Complementando o resultado da colposcopia anormal: mosaico fino em lábios anterior e posterior dentro da zona de transformação.
        Teste de schiller: iodo positivo, claro e negativo.
        Conclusão: alterações celulares benignas-inflamação.
        Não acredito que preciso fazer biópsia com este resultado; ainda acho que o meu HPV se limitou a região externa. O que você acha?

  • Eu particularmente acho absolutamente desnecessário todos esses exames. Hoje estou com 42 anos e somente fiz exame ginecológico uma vez quando eu tinha 20 e poucos anos. Na época decidi fazer exame com um ginecologista do posto de saúde que eu frequentava, eu sempre me consultava com esse ginecologista apenas para pedir pilula. Mas como sempre todo mundo falou que exame é importante, e fazem um terrorismo em cima disso, decidi fazer os tais exames com ele pois parecia um médico de confiança. Sempre tinha me tratado bem. Porém quando falei para ele que eu nunca tinha feito exames e que eu queria fazer naquele dia, ele começou a me xingar muito e a me desrespeitar ao invés de me acolher. Pediu que eu fosse para a outra sala, tirasse a roupa e sentasse na posição (???). E eu lá sabia que posição era? Depois ele foi enfiar aquelas porcarias daqueles instrumentos que machucam, e eu comecei a me incomodar e ele respondeu grosseiramente: “ai ai ai nada, na hora de dar você não reclama né”. Ah sim! porque é realmente comparável o ato sexual com um exame ginecológico. Ato sexual a mulher tá excitada, relaxada com desejo, sem falar que no ato sexual ninguém me enfia um metal ou arranca pedaço do meu útero, ai o cretino vem fazer esse tipo de comparação? Sinceramente? Eu sai de lá e chorei muito, me senti estuprada mesmo pela forma como ele fez o exame! Me senti profundamente desrespeitada. Hoje eu prefiro morrer com cancer de colo de útero do que fazer novamente esses exames. Ahhh desculpa se você que está lendo ficou chocado com essa afirmação, mas lamento te dizer que o medo de morte e de câncer é seu, não meu! Não importa o que qualquer pessoa fale. Exames são opção na vida! E eu optei por não fazer mais! E quer saber? Minha vida tá é muito boa, e diferente de muitas outras mulheres eu nunca tenho nada, infecção urinária, candidiase, nada! Sabe por que? Porque faço exercicios, me alimento bem, me protejo sempre, não uso mais pílulas, não uso produtos quimicos de forma geral…Eu olho e escuto meu corpo e quando percebo que ele está com algum sintoma, eu logo mudo a minha alimentação para equilibrar as coisas. Já as minhas amigas que vivem fazendo exames estão lá sempre cheias de infecções, candidiase, corrimento… medicação, medicação… Eu dou risada! Essa medicina tirou a capacidade das pessoas conhecerem o próprio corpo. Essa medicina convencional trata as pessoas como debilóides, e elas aceitam esse papel! Obs: ninguém precisa responder meu comentário ou tentar me convencer da importância dos exames… só vai perder tempo!

    • Estou quase no seu raciocínio também. Depois que tomei anticoncepcional durante 4 anos e parei minha vida virou um verdadeiro inferno. Faço de tudo para regular meus hormônios e tenho dificuldade de engravidar. Hoje sou bastante revoltada consigo mesmo por ter tomado esta porcaria. Uma verdadeira iatrogenia. Estou para fazer uma cirurgia de pólipo uterino porque não quero correr o risco de aborto e depois pretendo diminuir as consultas e exames, pois o estresse também interfere na regulação hormonal. Isso não quer dizer que vou deixar de ir ao médico; apenas vou diminuir.
      Pesquisei sobre pólipo e adivinha o que descobri: o excesso de estrogênio (causado por pílulas anticoncepcionais) pode provocar pólipos uterinos.
      Quanto a hormônios não tomo mais, estou tentando regular de forma natural com suplementações e alimentação saudável. Não sei se vou conseguir, mas vou tentar, o que eu não quero, e vou fazer de tudo para isso, é ter que voltar a usar hormônios, pois já acabaram com a minha vida.

  • Estou a três meses tentando marcar uma consulta pelo SUS, só q nunca tem médico e nem consulta, dia 17/08/16 sai com uma pessoa e a mesma diz q não gozou dentro, na dúvida corri e tomei a pílula do dia seguinte, uns 20 dias depois tive um sintoma de menstruação mas foi só um dia, e agora estou sangrando pouco, parece mais um resquício de menstruação , o q será q aconteceu ?? Não estou grávida?? E estou com um pouco de corrimento amarelado … O que devo fazer?? Por favor

  • Essa semana fui ao coletivo fazer a medição do diafragma e foi ótimo! Gostaria de parabenizar a todas por esse lugar incrível!
    Eu fiz exatamente o que você disse no texto. Como pretendo colocar o diu em breve, pedi absolutamente todos os exames possíveis. O papa e a colpo não deram nada. A captura de hpv deu altíssima (1500) para colo do útero e de alto risco. Como meu retorno será somente em janeiro, enviei meus exames ao médico por e-mail. Ele disse para eu não me preocupar, que não era grave pois os outros exames estavam normais. Mas ele não me explicou o que seria esse número alto, disse que poderia ter relação com a vacina (tomei há uns 6 anos) mas não me deu nenhuma explicação. E lá estamos nós, como você disse no texto, preocupadas com um exame X. Gostaria de saber, já entendi que não há grandes riscos, mas um resultado tão alto na captura deve ter uma motivação bem específica, o que poderia ser? Seria também possível uma infecção assintomática? Se eu pudesse ter uma luz, essa noia seria minimizada 🙂 Eu pesquisei artigos sobre isso, e o maximo que achei foi tratamento com zinco, e esperar o corpo matar os vírus.
    Mais uma vez muito obrigada!

  • Halana, fiquei com dúvida em relação a parte que você diz “Vacinar-se contra HPV também não protege a mulher contra o câncer de colo. Não há nenhum estudo que mostre diminuição de câncer em meninas vacinadas. Há somente uma suposição de que isso aconteça porque lesões intermediárias (NIC II e NICIII) diminuem (pouco) com a vacinação”

    O que vi de alguns médicos falando sobre a vacina é que ainda não se sabe com certeza por quanto tempo a pessoa se mantém imune após tomar a vacina, que isso ainda está sendo estudado. Mas vi que já há artigos que comprovam a eficácia da vacina. Mas você diz no texto “Há somente uma suposição de que isso aconteça”.
    Eu sei que a vacina só protege contra 4 subtipos do vírus, mas vi que 70% dos casos de câncer do colo do útero são causados pelo subtipo 16 e 18 (que são também os alvos da vacina). Eu não entendi se você quis dizer que mesmo tomando a vacina a mulher continua com o mesmo risco de contrair os subtipos 6, 11, 16 e 18, então nesse caso a vacina seria completamente inútil; ou se você quis dizer que mesmo protegida contra esses 4 não faz muita diferença, afinal contra todos os outros a mulher continuaria estando desprotegida (nesse caso mesmo assim não valeria a pena se vacinar já que esses 4 são os principais causadores de câncer e verrugas?)

    Enfim, se você poder esclarecer melhor essa parte, eu fico grata.

  • Primeiro parabéns pelo texto excelente e por um trabalho tão importante para nós mulheres, divulgando esses conhecimentos. Fiquei com uma questão após ler o texto….que é sobre a relação de câncer de colo do útero e camisinha. Sempre sou levada a pensar que viemos ao mundo em um funcionamento perfeito. Sabemos que a camisinha ajuda a evitar várias DSTs além de gravidez indesejada, mas, fiquei pensando no câncer porque por outro lado deveria ser natural a gente poder transar sem camisinha e isso ser saudável.

  • Olá Halana! Excelente artigo, que aliás me deixou algumas reflexões. Tenho cistos e nódulos mamários sem sinal de malignidade, e mioma uterino. Faço acompanhamento anual com Mamografia e Ultrassom. Já tentei algumas vezes argumentar com a médica sobre a necessidade desse acompanhamento ou pela opção por outros métodos de detecção, o que sempre há recusas. O que fazer então? O que você fala sobre o exame de detecção por termografia? É possivel? E sobre a cauterização de ectrópio?

  • Acho interessante você recomendar o posto de saúde, como se fosse o melhor atendimento. Falta médico e quando tem não atende todo mundo, porque geralmente coloca o quantitativo de fichas, afinal de contas o médico não tem compromisso com horário; é atender e ir embora. O SUS é um dos piores atendimentos médicos do mundo, muita gente morre por falta de atendimento. Todo mundo está cansado de saber disso, para governo apenas seus próprios interesses.

  • aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa que blog maravilhoso é esse, meu deus do céu. Estou apaixonada pela gama de informações encontradas aqui. Estou com problemas com o SOP e procurando me informar sobre as formas de cuidado, já que não concordo com o uso das pílulas para mim, e descobri o blog e to lendo tudo. Já divulguei para minha famílias, grupos que tem mulheres. Amei amei. Obrigada por esclarecer tantas coisas.
    Sobre o SUS, posso dizer que fui melhor atendida e recepcionada em uma consulta pelo SUS do que fui pelos médicos do plano hapvida a minha vida toda que tive.

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